Desafios e perspectivas do sensoriamento remoto e geotecnologias no apoio a políticas públicas de redução de riscos de desastres

RESUMO: Vivemos um período de desafios relacionados à emergência climática, com evidências inequívocas da  intensificação na magnitude e frequência de eventos extremos. O avanço das atividades humanas em áreas suscetíveis  resulta em maior exposição aos perigos, e a falta de políticas públicas para reduzir desigualdades acentua as  vulnerabilidades das comunidades. Agravada a crise socioambiental, observamos a “tempestade perfeita” para a  ocorrência de desastres, impondo severos danos humanos e materiais à sociedade. Desastres recentes observados no  Brasil revelam muitas dificuldades que persistem em relação à gestão de riscos e tomada de decisão em crises.  Recentemente, com avanços contínuos em geociências, engenharia espacial, modelagem e computação, as  geotecnologias têm possibilitado suporte para os desafios ligados às diversas fases da gestão de riscos, envolvendo a  prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação de áreas atingidas por desastres. O objetivo desta sessão é  apresentar contribuições do sensoriamento remoto e novas perspectivas em pesquisas voltadas para apoiar ações de  prevenção, preparo e respostas aos desastres no Brasil, com ênfase em eventos extremos de inundações, movimentos  de massa, incêndios e secas. Por fim, serão discutidos os direcionamentos necessários para estratégias de adaptações  que o país deve seguir visando a redução do risco de desastres e seus impactos negativos.